terça-feira, 9 de novembro de 2010

Iª MOSTRA DO IIIº BAHIA AFROFILM FESTIVAL

Com muita alegria, o Cineclube Latinoamérica, neste Novembro, participa da Iª Mostra Itinerante do IIIº BAFF - Bahia Afro Film Festival, que tem por objetivo a difusão dos filmes premiados no festival de mesmo nome que aconteceu em maio de 2010 na cidade de Cachoeira no Recôncavo baiano.

Este festival tem nas suas atividades, características cineclubistas muito fortes e que reflete sobre a diáspora africana, se propõe a difundir uma cinematografia pouco conhecida pelo público em geral, por meio de exibições, debates e a presença de conferencistas.

O Cineclube Latinoamérica, exibirá um filme convidado, especialíssimos: “ MANDIGA EM COLOMBIA” de Lázaro Farias. Doc. 26 min. Salvador/BA.

Dois mestres de capoeira e um realizador cinematográfico, percorrem a Colômbia (Bogotá, Cartagena de lãs Índias, Santa Marta, Malanga, Palenke de San Basílio, Calilli, Buenaventura, onde registram o encontro da capoeira com as tradições afro-colombianas.



segunda-feira, 30 de agosto de 2010




A GUERRA A CONTRA A DEMOCRACIA


Reino Unido, 2008, 94 min. Legendas em Português.










Direção: John Pilger



Imperdível!!!




"The War on Democracy" é um filme sensível, humano, inteligente e essencial. O premiado jornalista John Pilger mostra a cruel realidade planejada pelos EUA para quase todos os países latino-americanos. Golpes, assassinatos, grupos de extermínio, torturas, genocídios - financiados e treinados pela CIA, acompanhados por uma cobertura quase sempre desonesta da mídia local - transformaram esses países no que eles são hoje: Desigualdade, miséria, desinformação e fornecedor de produtos primários.


Certos documentos apresentados pelo filme revelam a realidade que a mídia esconde até os dias de hoje. Mas o documentário não é só amargura e mostra numa mensagem de otimismo de que o povo pode sair às ruas e conseguir o que lhe é de direito. Isso é bem ilustrado em dois ótimos exemplos na América do Sul: Venezuela e Bolívia, que – ao contrário do que diz quase todos os nossos meios televisivos e impressos - se transformaram em símbolos da luta popular pela democracia. Esse documentário é essencial para quem quer saber da recente história latino-americana e para se situar no tempo atual.












Filme também não chegou às salas de cinema portuguesas.

Por Felipe Feio

"Este é um filme sobre a luta de um povo para se libertar de uma moderna forma de escravatura." É assim que o jornalista australiano John Pilger descreve, numa só frase, a história que apresenta em The War on Democracy (em português, Guerra à Democracia). O documentário que se estreou no Reino Unido em Junho de 2007 fez parte da selecção oficial de Cannes. Mas, até hoje, a história não passou pelas salas de cinema portuguesas.


A 20 de Janeiro de 2005, o Presidente norte-americano, George Bush, falava no início do seu segundo mandato: "A América não irá impor o seu estilo de governação a quem não o desejar. O nosso objectivo é, em vez disso, ajudar outros a encontrar a sua própria voz, a alcançar a sua própria liberdade, a descobrir o seu próprio caminho." Bush usou as palavras "liberdade" e "democracia" 21 vezes no seu discurso inaugural.


Para John Pilger, foi esse o mote para mais uma investigação jornalística, que resultou no seu primeiro trabalho para cinema, depois de mais de 55 documentários realizados para televisão.


"Queria fazer um filme que desmascarasse essa verdade disfarçada", afirmou o jornalista australiano numa entrevista. Filmado na Venezuela, Bolívia, Chile e Estados Unidos (e olhando também para a Guatemala e para a Nicarágua), The War on Democracy visita as "traseiras da América" (termo usado pelo secretário de Estado norte-americano, do tempo de Richard Nixon, Henry Kissinger para descrever a América Latina). E explica porque é que, "desde 1945, os Estados Unidos tentaram derrubar 50 governos".


O documentário "examina a falsa democracia que chega com as corporações ocidentais e as instituições financeiras, e a guerra travada, materialmente e através de propaganda, contra a democracia popular", escreveu Pilger no jornal britânico The Guardian.


Mas, "acima de tudo, conta uma história muito positiva: a da ascensão de movimentos sociais populares, que trouxeram ao poder governos que prometem fazer frente ao poder imperial e a quem controla a riqueza nacional". "A Venezuela tomou a dianteira", afirma Pilger, que no filme incluiu uma entrevista exclusiva com Hugo Chávez. "Chegou a hora do grande despertar, o império americano chegou ao fim, e deve impor-se no mundo o império da lei, o império da igualdade, da justiça e da fraternidade", diz o presidente venezuelano ao jornalista.


Algumas críticas referem-se ao documentário The War on Democracy como "tendencioso", afirmando que apresenta "somente um dos lados da história". O dramaturgo britânico Harold Pinter tem outra opinião. "Jonh Pilger desenterra, com uma atenção de aço aos factos, a verdade imunda, e conta-a tal qual ela é", afirma o escritor laureado com o Prêmio Nobel. Isto porque, como o próprio Jonh Pilger considera, "o jornalista é o guardião da memória pública".








A Guerra Contra a Democracia - Contribuição vinda do Canadá


Neste documentário John Pilger mostra a perseguição histórica dos Estados Unidos, não pela democracia, mas CONTRA ela. Os EUA, ao contrário de levar a democracia ao mundo (como sempre propagam…), na verdade tem feito de tudo para que isso não aconteça. Viajando para vários países (Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Chile, Bolívia, Venezuela), John Pilger mostra as repetidas vezes na história do continente onde os EUA usou as armas para suplantar governos democraticamente eleitos.



O documentário tem um nível de detalhamento e atualidade profundo, indo fundo em cada caso. Contendo entrevistas com o presidente Hugo Chávez, com pessoas comuns nos “barrios” de Caracas organizadas nas “misiones” que lêem sua constituição; com pessoas torturadas pela ditadura chilena (e também pessoas que defendem Pinochet!); com uma sobrevivente dos “esquadrões da morte” em El Salvador; e até com um ex-agente da CIA, que revela como eles propagam sua guerra particular na América Latina… O filme faz revelações surpreendentes e inquestionáveis, da tragédia e violência imputada pelos EUA e seus aliados locais ás pessoas da América Latina.


John Pilger, é um reconhecido jornalista e escritor australiano, que se dedica á contra-informação e á denúncia das falsidades da democracia capitalista, e das atrocidades cometidas em seu nome. Produziu vários documentários, sendo este um dos melhores dele.


Contribuição: Telma Alencar, leitora do Blog, diretamente de Ottawa, Canadá, a quem agradecemos pelo envio do material (em espanhol).






Serviço:


Quando: Dia 04 de setembro/2010, ÁS 19:00 - Todo primeiro sábado do mês.




Onde: CINECLUBELATINOAMÉRICA

Local: Centro Cineclubista de São Paulo

Rua: Augusta, 1.239 - Conjunto 13 e 14 - (Metrô Consolação)
HORÁRIO: 19:00






terça-feira, 20 de julho de 2010

PRÓXIMA PROGRAMAÇÃO - Dia 07 de agosto/10




Caros amigos,

Infelizmente a sessão de hoje do Cineclube Latinoamérica, não acontecerá. Problemas de ordem pessoal impede meu comparecimento a sessão, a qual, neste sábado, sou o responsável.

Gratos pela compreensão
.

Diogo






“A GUERRA DO GÁS”, de Carlos Pronzato
Documentário / 60 min. / 2003 / espanhol / legendas em português

Sinopse:
Em outubro de 2003, em meio à crise social, política e econômica, a Bolívia viveu um fato histórico de profundo significado: a eclosão da Guerra do Gás, que deixou cerca de 80 mortos e 400 feridos.


A decisão do governo de exportar gás para os EUA, por um porto chileno, provocou uma revolta popular contra o Estado, que acabou ocasionando à renúncia do então presidente Lozada (Goni), a derrota militar do exército e dos assessores da embaixada estadunidense.

Esse documentário é um relato vivo dos que protagonizaram aquele momento histórico, e remete à situação do atual governo Evo Morales.
Após a exibição do filme, haverá debate.


Apoio: CENTRO CINECLUBISTA DE SÃO PAULO
MAIS CULTURA

Realização: CINECLUBE LATINOAMÉRICA






En Bolivia, un pueblo despojado de casi todo demuestra haber conservado su dignidad y por ende sigue en la lucha por afirmar su soberanía: la lucha en 2003 por sacar del poder al presidente Sanchez de Lozada, la guerra del agua, la guerra del gas... Este documental es un tributo al coraje y la solidaridad del pueblo boliviano.



“Bolívia, a Guerra da Água”, de Carlos Pronzato
Documentário / 40 min. / 2007 / espanhol / legendas em português

Sinopse:
Em abril de 2000, um levante social em Cochabamba, Bolívia, expulsou do país a transnacional norte-americana Bechtel, uma das mais poderosas do mundo, sócia majoritária da empresa Aguas del Tunari, que impôs aumentos abusivos nas tarifas de água, afetando também direitos milenares dos povos indígenas sobre o uso solidário da água. A denominada Guerra da Água evidenciou uma contradição central em torno da água no mundo atual: privatização versus bem comum.

Exibição dia 07 de agosto, às 19:00
Rua: Augusta, 1.239 – Conjunto 13 e 14 – Tel. 3214.3906
Email: cineclubistas@yahoo.com.br - cineclubelatinoamerica@yahoo.com.br
www.centrocineclubista.blogspot.com – www.cineclubelatinoamerica.blogspot.com

quarta-feira, 16 de junho de 2010

QUEM SOU EU

Um espaço é exclusivo para exibição de filmes latino-americanos e sobre nossa América. Uma via direta para apreciar a produção cinematográfica do nosso continente. Aqui veremos filmes que na maioria das vezes não estão disponíveis nas locadoras. Mas quando tiver, agradeceremos!

Nossa modesta contribuição acontece por meio de uma representação da sociedade civil, cineclube; organização respiratória do cinema! Aqui nos reunimos para ver, ouvir, sentir e discutir, "nosso continente" através dos filmes e seus personagens, para que fique impresso em nossas mentes e gravado em nossos corações, que "da América somos filho... e a ela nos dedicamos." Palavras de José Marti, poeta cubano!


Nossos encontros ficam marcados para todo 1º sábado de cada mês, às 19:30


Rua: Augusta, 1.239 - Conj. 13 e 14 Tel. 11. 3214.3906


http://www.centrocineclubista.blogspot.com/

email:cineclubistas@yahoo.com.br - cineclubelatinoamerica@yahoo.com.br

FILMES DE ESTRÉIA

Inauguramos com Santiago Álvarez e uma pequena mostra, com dois exemplares dos seus 1.493
"NOTICIERO ICAIC LATINOAMERICANO".

"El Nuevo Tango";
"Cómo, por qué y para qué se asesina um general?
"De América soy hijo... y a ella me debo...", longa metragem praticamente inédito no Brasil, assim como os dois curtas.

Com legendas em português.

"Las piezas de la filmografía de Santiago Álvarez que recoge esta entrega, exemplares y comprometidas - el compromisso sin atenuantes fue su credo - muestran una escuela que enriqueció algo más que nuestra mirada, nuestra cosmovisión. En ella aprendimos una verdad martiniana que hoy sabemos irrecusable, recogida en uno de sus títulos: "De América soy hijo... y ella me debo...". Nos le enseñó em el mejor método, el de la eficacia artística, que cuando es sentida y acentrada no está reñida con la militancia".
Reynaldo Gonzalez
Premio Nacional de Literatura de Cuba
Após a sessão haverá debate com uma convidada especial.

ESTRÉIA - DIA 03 DE JULHO DE 2010

O CINECLUBE LATINOAMÉRICA, estréia com um singular olhar. O de Santiago Álvarez, documentarista cubano. Latinoamericano, cidadão de nuestra América!


UM POUCO SOBRE SANTIAGO


"Não creio no cinema pré-concebido. Não creio no cinema para a posteridade. A natureza social do cinema demanda uma maior responsabilidade por parte do cineasta. É urgência do Terceiro Mundo. Essa impaciência criadora do artista, produzirá a arte dessa época, a arte da vida de dois terços da população mundial". Santiago Alvarez in Cine Cubano, n. 54-55, 1969


Santiago Alvarez nasceu no dia 8 de março de 1919 em Habana Velha, Cuba. Estudou medicina durante dois anos e nunca terminou. Em 1938 foi para os EUA tentar fortuna e lá teve a vivência que o levaria para o cinema. Segundo ele: "foi uma grande lição e experiência de vida. Pude ver o que significava de verdade os EUA para mim, para o povo cubano e para o povo americano. Depois que voltei dos EUA, tornei-me comunista". A radicalização política de Santiago Alvarez foi o maior saldo de sua odisséia norte-americana. Ele mesmo chegaria a afirmar que se fez marxista-leninista nos EUA por volta de 1940.

Após seu regresso a Cuba, matriculou-se no curso livre de Filosofia da Faculdade de Filosofia e Letras. Em seguida, junto aos companheiros Alfredo Guevara, Júlio Garcia Espinosa, Álvaro Alonso, Leo Brouwer, entre outros, fundou a Sociedade Cultural Nosso Tempo. Uma sociedade que, sem exagero, construiu o alicerce da política cultural da Revolução de 1959.
Santiago Alvarez estreou no cinema aos 40 anos de idade. Sua obra fílmica destaca-se de pronto por sua amplitude. Foram cerca de 600 cinejornais, 96 filmes e 3 vídeos, composto primordialmente de documentários mas também de títulos de ficção (Os refugiados na Cova do Morto) e de animação (Os Dragões de Ha-Long!).
Na obra de Santiago Alvarez é possível reconhecer, entre outros, o compromisso cinejornalístico revolucionário de Jorís Ivens e Roman Karmen, a ênfase na montagem e o recurso a intertítulos de Vertov, a combinação das mais variadas técnicas e materiais imagéticos de Cris Marker, a recusa à narração off e o experimentalismo sonoro de Peleshian. O estilo de Santiago Alvarez combina isso tudo e algo mais.

Na esfera visual, ele recorre sem qualquer hierarquização e pudor a tudo que tem a mão para ordenar seu discurso fílmico. A mesma estratégia se aplica a construção sonora e musical de seus filmes. No mais das vezes, os filmes de Santiago Alvarez articulam em sua banda musical trilhas especialmente compostas, música clássica, pop, canções de protesto, composições tipicamente nacionais e variantes em torno delas, repetindo em nível sonoro o aspecto de colagem do campo imagético.
"A razão para tanta inventividade é a necessidade", reconhece o próprio cineasta, que confessa jamais escrever roteiros para seus documentários. Sendo que, segundo ele, o definitivo se dá na sala de montagem. O roteiro é produzido de verdade na sala de montagem.Para Alvarez, a realidade no cinema não se capta, mas sim se constrói: "Gosto mais do filme documentário, pois para mim a realidade é uma ficção constante. Gosto de filmar e elaborar, a mim me interessa registrar e participar dessa realidade".

Extraido do livro "O Olho da Revolução: O Cinema Urgente de Santiago Alvarez", de Amir Labaki (Editora Iluminuras, 1994).

Chegamos, finalmente, chegamos.

Na maioria das vezes, quando assistimos a filmes latinoamericanos em cinemas brasileiros, geralmente eles nos chegam, via Estados Unidos da América do Norte. Esta abissal lacuna que nos separa, infelizmente não é só no campo da cultura cinematofgráfica e do audiovisual. Ela está presente nas demais áreas da nossa história. Ainda somos da América Portuguesa e eles, da América Espanhola. Estamos generalizando...?...!!!


Nossa modesta contribuição acontece por meio de um cineclube, organização respiratória do cinema! Aqui nos reunimos para ver, ouvir, sentir e discutir, "nosso continente" através dos filmes e seus personagens, para que fiquem impresso em nossas mentes e gravado em nossos corações, que "da América sou filho... e a ela me devo..."

Este espaço é exclusivo para filmes latinoamericanos. Uma via direta para apreciar a produção cinematografica do nosso continente. Aqui veremos filmes que na maioria das vezes não estão disponiveis na locadoras. Mas quando tiver, agradeceremos.

Nosso encontro já está agendado, é todo 1º Sábado do mês, às 19h00.

Centro Cineclubista de São Paulo
Rua Augusta, 1.239 - conjunto 13 e 14 - Prózimo a Estação do metrô Consolação.
Tel. 11 - 3214.3906 - http://www.centrocineclubista.blogspot.com/